15 de dezembro de 2008

9. Igreja de São Domingos

A igreja de S. Domingos situa-se em Lisboa (Baixa).
A igreja de S. Domingos foi construída pelo arquitecto João Frederico Ludovice e posteriormente pelo arquitecto Manuel Caetano de Sousa devido ao terramoto de 1755 que derrubou-a por completo.
A Igreja de São Domingos, do Convento de São Domingos, foi construída no século XII em Lisboa, tendo a sua primeira pedra sido lançada em 1241. Desde então foi alvo de inúmeras campanhas de obras que lhe alteraram a sua traça medieval por completo.
A igreja de S. Domingos tem planta em cruz latina, tem uma fachada muito simples e o interior, mesmo depois do terramoto e do fogo, evidencia ainda grande beleza e ecletismo. É uma igreja de uma só nave, majestosa. A sacristia e a portaria ainda mostram um pouco de sabor maneirista, denotando as várias campanhas de obras de que foi alvo na sua história. O mesmo estilo pode ser visto nos túmulos e lambris de azulejos de ponta de diamante na sacristia. Esta igreja tem ainda uma cripta abobadada e dotada de lambris de azulejos, onde está o túmulo de D. João de Castro, capelão de D. João.
O estilo artístico presente na igreja de S. Domingos é o Barroco.

8. Igreja da Madalena

Situada no Largo da Madalena, a igreja primitiva da Madalena data de 1164, e foi construída por uma doação de D. Fuas, prior da Madalena, e erigida num terreno ocupado anteriormente por um templo romano.
Com o terramoto de 1755, o templo ruiu e no mesmo sítio ergueu-se a actual igreja (1761).
Construção pombalina, muito sóbria, com decoração no interior feita de mármores, talha e pinturas de Pedro Alexandrino, as esculturas foram executadas por Machado de Castro e José de Almeida.
É uma arquitectura de tipo revivalista e neo-manuelina (portal com duas esferas armilares).

12 de dezembro de 2008

6. Igreja de Nossa Senhora da Vitória

A igreja nossa senhora da Vitória situa-se na Rua da Vitória, na Freguesia de São Nicolau.
Esta obra tem a autoria do Arquitecto José Monteiro de Carvalho. Foi encomendada pela irmandade de Nossa Senhora da Vitória que mandou edificar a capela com terrenos para a construção doados em 1536 pela D. Margarida Lourenço, grande benemérita, para a construção de uma capela dedicada a Nossa Senhora da Vitória.
A primeira capela dedicada a Nossa Senhora da Vitória foi fundada em 1556. Destruída pelo terramoto de 1775, a sua reconstrução iniciou-se em 1765 e terminou em 1824. Nova campanha de beneficiação e restauro se realizou em 1940 e posteriormente, por motivo de incêndio, em 1975.
A igreja é de planta longitudinal composta por justaposição de dois rectângulos (a nave e a capela mor). O alçado principal a sul, organiza-se num só corpo delimitado por cunhais de cantaria. Servida por lanço de escadas, apresenta uma única porta ao centro a que se sobrepõe um janelão. A frontaria é rematada por frontão triangular com óculo e com a cruz no alto. O interior da nave é coberta por abóbada de berço ornamentada com painéis de estuque. Apresenta nas paredes laterais, guarnecidas com lambril de azulejos de feição neo-clássica, dois altares laterais ladeados por portas de cantaria simples. Adossado à face interna da fachada principal observa-se o coro alto, com órgão. A capela mor, rectangular e coberta por abobada de berço, apresenta no muro de topo retábulo de camarim albergando a imagem de Nossa Senhora da Vitória de madeira policromada e estofada, atribuída a Machado de Castro.
O estilo artístico e ornamentação está presente no interior da igreja, com um exterior simples e austero. O interior tem a imagem de Cristo crucificado acompanhado por Nossa Senhora da Piedade, outra tela com a Assunção da Virgem, outra representando São José e a imagem de Nossa Senhora de Fátima, imagem da padroeira Nossa Senhora da Vitória ladeada pelas imagens de São Pedro e Santo António; outra tela representa a Assunção da Virgem e a imagem do Sagrado Coração de Jesus. O interior da nave é coberta por abóbada de berço ornamentada com painéis de estuque.

5. Igreja do Sacramento

Jorge de Almeida, Arcebispo de Lisboa, criou, em 1584, por desmembramento das Paróquias de São Nicolau e de Nossa Senhora dos Mártires, a Paróquia do Santíssimo Sacramento. No século XVII a Irmandade do Santíssimo Sacramento lançou-se na construção da igreja paroquial. Foi o Conde de Valadares o doador do terreno onde acabou por ser construída a igreja. As obras começaram em 1671 e a dedicação da igreja teve lugar em 1685. Com o terramoto de 1755, caíram as torres sineiras e o tecto da nave. A Irmandade procedeu à edificação de uma capela provisória, onde é hoje o claustro, que serviu de igreja paroquial durante quase 50 anos, até à construção da actual igreja. O autor do projecto da igreja foi o Arquitecto Remígio Francisco de Abreu. A fachada, organizada por três corpos definidos por pilastras de cantaria, dá para um pequeno adro delimitado por uma balaustrada de pedra e por um gradeamento com três portões. O acesso à porta principal é feito por dois lances de escada. Um frontão com um ostensório em relevo remata o elaborado emolduramento da porta principal. Este corpo principal é rasgado por três janelões com varandins protegidos com grade de ferro fundido, ladeados por duas janelas rectangulares. Sobre o janelão central existe um óculo com vitral. Cada um dos corpos laterais apresenta-se vazado por uma janela quadrada e por um óculo. O conjunto da fachada é rematado por um frontão triangular coroado por um plinto que sustenta uma cruz de ferro forjado, ladeado por fogaréus nos acrotérios. A igreja é barroca, de uma só nave. A Paróquia foi espoliada por ocasião das invasões francesas, profanada pelos homens de Junot que mataram vários populares que se tinham refugiado no templo.
Situada na Calçada do Sacramento, um pouco lateral ao eixo Baixa - Chiado. Nas paredes laterais tem oito telas (os quatro Evangelistas e os quatro Doutores da Igreja). No tecto, pintado sobre estuque, a Pomba do Espírito Santo; nas naves, laterais à capela-mor, altares com retábulos representando Nossa Senhora da Conceição e a Descida da Cruz. Nas paredes laterais da nave, mais seis altares com retábulos representando a Estigmatização de São Francisco de Assis, o Casamento Místico de Santa Catarina e um outro representando a Mater Dolorosa.
Os retábulos dos altares da parede do lado norte representam o Encontro da Sagrada Família com a Família do Precursor. O enorme fresco do tecto da nave representa o Triunfo do Cordeiro, podemos ainda venerar belas imagens barrocas: a de São Miguel, a de Nossa Senhora da Conceição, a de Nossa Senhora da Salvação. O pequeno baptistério está separado do corpo da igreja por uma porta gradeada e tem, por detrás da pia baptismal, uma tela com o Baptismo de Jesus.

4. Igreja dos Mártires

A capela de Nossa Senhora dos Mártires é a mais antigo da Baixa alfacinha.
O templo, em estilo neo-barroco, é da autoria do arquitecto Reinaldo Manuel dos Santos (entre 1755-1784), sobre a antiga igreja erigida a mando de D. Afonso Henriques.
Começou por ser uma pequena ermida, iniciada no ano da conquista da cidade de Lisboa (1147), para prestar culto à sagrada imagem de Nossa Senhora dos Mártires, em memória dos soldados cristãos que morreram em combate. Em 1750, após a conclusão do restauro iniciado em 1746, a Basílica dos Mártires era uma igreja barroca com a grandiosidade que hoje ostenta. Esse templo foi destruído pelo terramoto de 1755. Situada no coração de Lisboa, aí trabalharam os melhores artistas e artífices da época, utilizando os melhores recursos disponíveis: pedra, mármores, madeiras, ferragens.
Apresentando planta longitudinal composta por nave única, com quatro capelas em cada um dos lados, inscritas em arcos plenos; cobertura em madeira em forma de berço com lunetas, e capela-mor de igual planta rectangular, o corpo central da fachada principal - avançado em relação aos laterais -, apresenta-se dividido em dois corpos separados por cornija saliente. No topo, a rematar a fachada, encontra-se um frontão triangular com um óculo de iluminação, para além de uma torre sineira na parte posterior, rasgada nas quatro faces, pinaculada nos cantos superiores e coroada por um coruchéu. De entre as obras mais importantes, salienta-se o programa ornamental de Inácio de Oliveira Bernardes, ou a pintura do tecto, devida a Pedro Alexandrino.
O interior do templo foi decorado durante esta mesma campanha e, apesar dos vários artistas envolvidos, apresenta uma coerência característica da noção de "obra total barroca". Apresenta uma ampla estrutura de gosto maneirista,que convive harmoniosamente com o programa decorativo Rococó.

3. Igreja da Encarnação

A Igreja da Encarnação está situada em pleno coração de Lisboa (Largo do Chiado).
Existia no local uma igreja do séc. XVII e edificada a expensas de D. Elvira de Vilhena, condessa de Pontével e destruída pelo terramoto de 1755. O edifício actual, posterior ao terramoto, é da responsabilidade do arquitecto Manuel Caetano de Sousa. Em 1784, a igreja é aberta ao culto, embora a construção não se encontrasse ainda concluída.
Planta axial com justaposição de 2 rectângulos (nave e capela-mor), de volume rectangular e cobertura de 2 águas. O alçado principal tem 6 colunas jónicas e 3 corpos salientes em que o corpo central é rasgado, ao nível do embasamento, por 3 portais – um central e dois laterais.
O conjunto é encimado por 3 janelas, articuladas com varandim em balaustrada de cantaria e painéis com emolduramentos decorativos escultóricos, em baixo-relevo.
Os corpos laterais, análogos e estreitos, apresentam, cada um, uma sucessão de 3 janelas de peito, de diferentes morfologias e 1 óculo iluminante.
O interior é revestido com mármores, a nave e a capela-mor são delimitadas por cornija, os muros laterais ritmados, cada um, por 4 arcos de volta perfeita. A arcaria inscreve altares laterais, 7 dos quais definidos por retábulos compostos por frontões interrompidos em estuque suportados por colunas. Precede a capela-mor um arco triunfal de volta perfeita em cantaria animado com as armas do reino. Na capela-mor existe o retábulo-mor em cantaria composto por duplas colunas compósitas.
É uma arquitectura religiosa, pombalina, barroca tardia, rococó e enquadra-se na tipologia do final do séc. XVIII. A fachada do templo apresenta-se num estilo neoclássico.

2. Igreja do Loreto

A Igreja do Loreto, está situada junto ao Largo do Chiado, fazendo esquina com a rua da Misericórdia, em Lisboa. O autor do projecto de construção desta igreja foi Filippo Terzi, em 1517. Mais tarde foi reconstruída por José da Costa e Silva.
Foi construída por encomenda da comunidade de comerciantes italianos residentes em Lisboa, em 1517. O terramoto de 1755 causou grande ruína e a actual igreja foi reconstruída em 1785, sendo o novo autor José da Costa e Silva.
Esta igreja é constituída por uma nave central com doze capelas laterais que apresentam os doze apóstolos. Essas capelas têm como revestimento mármore italiano. Na fachada principal, além da imagem de Nossa Senhora do Loreto, pode observar-se as armas pontifícias, da autoria de Borromini, ladeadas por dois anjos. Possui ainda um órgão de tubos datado do séc. XVIII, cuja autoria não se encontra bem definida. A sacristia é revestida a azulejos do ceramista espanhol Gabriel del Barco, e nas suas paredes podem apreciar-se pinturas de António Machado Sapeiro.